Negacionismo e armamento da população são ameaças à vida dos próprios policiais

O discurso de que a segurança pública e o combate à corrupção seriam prioridades convenceu muita gente de que a sensação de insegurança acabaria se o país estivesse sob uma nova direção. Na prática, porém, os profissionais de segurança passaram a correr riscos desnecessários sem que houvesse a contrapartida devida. Destaco duas fontes permanentes de insegurança para quem atua nessa área: o negacionismo acerca do Coronavírus e a política de liberação do uso de armas de fogo.

A cor dos (nossos) mortos

Quando o Estado omite a informação da raça do indivíduo morto, nega a ele o direito derradeiro a uma identidade pública. Trata-o como um qualquer. Pior: nega aos que ainda estão vivos e são da mesma cor a chance de implementação de uma política efetiva de inclusão, já que não há como discutir política pública, não importa qual o âmbito em questão, desconsiderando a etnia. Pois é ela, a raça/etnia, um traço de identidade que define o destino de muitos indivíduos. Se o é em vida, que o seja em morte.

ARTIGO: A Controladoria Geral de Disciplina (CGD) e sua encruzilhada

Por Ricardo Moura Conforme O POVO noticia hoje a secretária da Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário (CGD), Cândida Torres, pediu exoneração do cargo alegando problemas de saúde. Rodrigo Bona Carneiro já aparece no Diário Oficial do Estado como secretário respondendo pela pasta. A despeito da troca de comandoContinuar lendo “ARTIGO: A Controladoria Geral de Disciplina (CGD) e sua encruzilhada”

ARTIGO: As possibilidades de uma polícia antifascista

Por Ricardo Moura A expressão “antifascista” ganhou um novo protagonismo durante a pandemia. O símbolo do movimento, formado por duas bandeiras em um círculo, ressurgiu sob os mais diversos formatos e cores em meio à discussão sobre os potenciais riscos que a nossa democracia corre. Para quem quiser saber contra quem os antifascistas lutam, recomendoContinuar lendo “ARTIGO: As possibilidades de uma polícia antifascista”

ARTIGO: Politização, violência policial e impunidade

Por Ricardo Moura A nossa crônica falta de memória é uma aliada com a qual os políticos sempre podem contar. Em uma conversa no Youtube, na semana passada, o governador Camilo Santana (PT) criticou o que denomina de “politização das polícias”, cujo ponto culminante teria sido o motim ocorrido na Polícia Militar em fevereiro. PorContinuar lendo “ARTIGO: Politização, violência policial e impunidade”

Mortes por intervenção policial aumentam no primeiro semestre no Ceará

O número de mortes por intervenção policial no primeiro semestre de 2020 já supera as estatísticas de 2019, no mesmo período: 96 a 84. A polícia do Ceará está matando mais em serviço. E isso é péssimo para um governo que se afirma progressista. Nítida amostra de descontrole dos comandos sobre seus subordinados. Abril deContinuar lendo “Mortes por intervenção policial aumentam no primeiro semestre no Ceará”