As políticas de prevenção não podem se reduzir a meras ações de afastamento do policial adoecido das ruas e/ou sua transferência para outro local de trabalho. E muitas dessas ações são tidas e vivenciadas pelos policiais adoecidos como castigo e não como medidas de tratamento, cuidado e apoio.
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Unifor inaugura Núcleo de Apoio às Vítimas de Violência Urbana
O projeto visa oferecer assistência interdisciplinar às vítimas de violência e, para isso, contará com o acompanhamento de profissionais da área da saúde e do direito. Estudantes dos cursos de Direito e Psicologia da Unifor também participarão da iniciativa, que será instalada no Escritório de Práticas Jurídicas da Unifor (EPJ) localizado no bloco Z.
Guerreiras de Itaitinga: rede colaborativa fornece apoio a familiares de presos
Ausência de uma rede de apoio destinada às famílias de Itaitinga motivou a criação de um grupo de mulheres, que se autodenominam de “guerreiras”. Elas fornecem suporte às famílias de internos e atuam com bastante desenvoltura nas redes sociais.
Roseno prevê nacionalização do caso Mizael e do desaparecimento da tia
O deputado Renato Roseno pontua que o caso de Mizael é um dos 14 casos de assassinatos decorrentes de violência policial que estão sendo monitorados pelo gabinete. Ele acrescenta que “o desaparecimento da principal testemunha é muitíssimo preocupante” e, por esse motivo, demanda de uma investigação mais criteriosa.
A tempestade perfeita da violência letal no Ceará chegou ao fim?
Um estudo do Ipea apontou sete fatores para o aumento no número de assassinatos: efetivo policial, taxa de encarceramento, percentual de jovens na população, drogas ilícitas, armas de fogo, renda per capita e desigualdade. Desse total, o Ceará registrou resultados favoráveis em apenas dois índices. Não por acaso, a violência letal explodiu no Estado no início dos anos 2000. A possibilidade de manutenção da curva decrescente de homicídios no Ceará seria um sinal de que a “tempestade perfeita” que provocou recordes na violência letal finalmente chegou ao seu fim?
O que pensam os homens que agridem mulheres?
Agressores veem diferenças entre o crime comum e os atos de violência cometidos dentro de casa, compreendidos como algo natural. De tão entranhada, somente a violência física é percebida como tal em um universo fortemente marcado pelo machismo, patriarcalismo e a misoginia. A escuta dos agressores mostra o quanto o combate ao feminicídio é complexo. Sei de relatos de homens agressores que são cordatos e afetuosos no dia a dia. São pais de menina e, ainda assim, não pensam duas vezes na hora de agredir covardemente suas companheiras pelos motivos mais fúteis. Andam impunes pelos cantos, brincam carnaval e são ótimos colegas de trabalho. O agente da violência nem sempre é um monstro. É aí onde reside a maior dificuldade: como desnaturalizar práticas tão arraigadas, como fazer com que os sujeitos da violência se vejam como tais?
Morte de Tico da Maraponga completa 9 anos sem punição dos culpados
De acordo com informações de moradores, o pedreiro foi abordado por policiais do Ronda do Quarteirão e levado a um matagal, onde foi agredido até a morte. Policiais militares acusados pelo crime foram absolvidos. Família busca anulação do julgamento para que os assassinos de Tico possam ser conhecidos e responsabilizados.
Como lidar com as vidas que não cabem em um podcast?
Pelo grau de recorrência com quem são vítimas, há um segmento social bastante amplo formado por pessoas cujas existências e mortes são tão comuns e previsíveis que o apelo dramático é quase inexistente. As vidas de tais pessoas importam, contudo, e sua proteção deve se tornar uma pauta para as políticas públicas.
Mestre Nena: OAB pedirá afastamento cautelar dos PMs
A comissão de Segurança Pública da OAB Ceará (OAB/CE) entrará com um requerimento solicitando o afastamento cautelar dos policiais militares envolvidos na abordagem violenta contra Mestre Nena e seus filhos, ocorrida no último dia 21, em Juazeiro do Norte. Familiares da vítima se reuniram na tarde desta sexta-feira, dia 27, com representantes das comissões de Segurança Pública, dos Direitos da Pessoa Idosa, de Promoção da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos, na sede da entidade. O caso será acompanhado pelo Procuradoria da Ordem.
Homicídios caem no segundo Governo Camilo; mortes por intervenção policial crescem
A curva de decréscimo nos homicídios registrada no governo Camilo Santana/Izolda Cela, contudo, não se desenhou linearmente, mas sim sob a forma de uma parábola, reforçando a ideia de que as estatísticas sobre criminalidade no Estado podem ser representadas como uma montanha-russa, com altos e baixos contrastantes. Em contrapartida, as mortes por intervenção policial permanecem elevadas a despeito da queda nos índices de letalidade. Em 2022, o Ceará registrou 152 ocorrências desse tipo, sendo que o mês mais letal foi julho, com 22 óbitos. Esse número é o maior desde 2018.