Em julho do ano passado, o Blog Escrivaninha revelou que o frei franciscano Lorrane Clementino estava sendo vítima de ataques virtuais por causa de seu posicionamento em relação à defesa da população LGBTQIA+ e às críticas sobre a atual conjuntura política. Mesmo registrando um boletim de ocorrência, as agressões não cessaram e o religioso se tornou mais uma vez alvo de comentários racistas e homofóbicos de perfis e grupos conservadores da Igreja Católica. De acordo com o frei, os apostolados Beato Padre Victor, Santo Inácio e o Centro Dom Bosco, que não é o Salesiano, se organizaram para intensificar os ataques direcionados a ele. Com ameaças e palavras pejorativas, tais grupos afirmam defender a fé. O religioso afirma que, desde julho, os comentários agressivos nunca pararam, mas a intensidade deles aumentaram. “De lá para cá já houve outros ataques, em que eles me expõem, querendo acabar com minha moral”, explica.
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Padres são hostilizados por fiéis da Paróquia da Paz em grupos de Whatsapp
As ações de intolerância contra o sacerdote que criticou o presidente Jair Bolsonaro ganharam novos capítulos esta semana. Mensagens veiculadas no Whatsapp trazem acusações pessoais ao padre Lino Allegri e também ao pároco, o padre Oliveira Rodrigues. Em um dos trechos, há menção a uma nova intervenção na celebração do próximo domingo. As postagens foram feitas dois dias após um militar reformado ter sido expulso da igreja por tentar interromper a missa dominical.
O racismo por trás de nossos espelhos
Resenha do filme documentário “Além do Espelho”, dirigido por Ana Flauzina, professora da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e autora do livro: Corpo Negro caído no chão: o sistema penal e o projeto genocida do Estado brasileiro demonstra como a obra cinematográfica promove o encontro de duas grandes vozes do movimento negro, o jornalista Edson Cardoso e o cineasta etíope Haile Gerima.
“M8 – quando a morte socorre a vida”: a morte social retratada nas telas
O filme nacional “M8 – Quando a morte socorre a vida” conta a história de um recém-ingresso na faculdade de Medicina, que encontra o corpo M8 durante suas aulas iniciais de anatomia. Existe um mistério em torno da identidade de quem é aquele corpo, provocando diversas angústias e reflexões no protagonista. No transcorrer do filme é possível ver que existem diversos desdobramentos que se encaixam, envolvendo religiões afro-brasileiras, racismo e movimentos sociais liderados por mulheres negras.
A cor dos (nossos) mortos
Quando o Estado omite a informação da raça do indivíduo morto, nega a ele o direito derradeiro a uma identidade pública. Trata-o como um qualquer. Pior: nega aos que ainda estão vivos e são da mesma cor a chance de implementação de uma política efetiva de inclusão, já que não há como discutir política pública, não importa qual o âmbito em questão, desconsiderando a etnia. Pois é ela, a raça/etnia, um traço de identidade que define o destino de muitos indivíduos. Se o é em vida, que o seja em morte.