O Instituto Sou da Paz requisitou aos Ministérios Públicos e aos Tribunais de Justiça das 27 unidades federativas do país informações sobre homicídios dolosos (com a intenção de matar) que geraram ações penais. Os dados, que constam na terceira edição da pesquisa “Onde Mora a Impunidade”, serviram como base para a elaboração do cálculo do índice de esclarecimento de homicídios. No entanto, somente 11 estados prestaram as informações precisas para que se pudesse fazer a análise. O Ceará não foi um deles. Por causa disso, não há como saber qual é a eficácia do sistema de justiça criminal cearense em se tratando de esclarecer a autoria dos homicídios.
Arquivos mensais:setembro 2020
As diferentes justificativas para a guerra
Dentro de suas reflexões sobre a relação entre segurança pública e guerra, o filósofo Jean Pierre enumera os diversos motivos alegados para que o conflito seja instaurado. Justificativas não faltam. No entanto, nem sempre o que está explícito no discurso oficial corresponde às causas reais pelas quais os sujeitos matam e morrem
Mortes, afastamentos e superação: como a Covid-19 afetou a Polícia Militar do Ceará
O balanço do período revela que 1.386 casos de Covid-19 foram confirmados na Polícia Militar do Ceará. Desse total, 13 policiais morreram. Dos 974 testes rápidos realizados, 336 deram positivo. Foram emitidos 2.328 atestados médicos e 4.988 isolamentos foram contabilizados. Dos policiais que se isolaram, 65,95% permaneceram até 14 dias longe de suas atividades diárias. A média de idade dos policiais afastados ficou em torno de 36 anos. A dor de cabeça foi o sintoma mais prevalente seguida de dor no corpo e tosse. A incidência dos sintomas variou conforme a faixa etária.
Agosto registra o menor número de homicídios do ano no Ceará
Após um pico nos índices de violência letal entre fevereiro e maio, a estatística da violência no Ceará volta a decrescer. Com 260 homicídios, o mês de agosto é o menos violento de 2020 até o momento. O número é menor que o observado em janeiro, quando foram contabilizados 265 assassinatos. Neste ano, o Estado registra 2.802 crimes violentos letais intencionais (CVLI). Trata-se de um crescimento de 88% na comparação com o mesmo período de 2019.
O desafio de construir uma política consistente na área da segurança pública
O sucessor de André Costa, o também delegado federal Sandro Luciano Caron, vem da área da inteligência policial. Trata-se, por certo, de um ponto ainda vulnerável na segurança pública estadual. As condições tecnológicas estão postas. Falta, contudo, maior integração entre as polícias e, principalmente, pagar a dívida histórica com a Polícia Civil, corporação sucateada há pelo menos 30 anos.
O que significa o ataque de facções criminosas à Igreja de Cruz, no Ceará
Cerca de um ano e nove meses após a chegada de Mauro Albuquerque, integrantes de facções criminosas invadem uma igreja no interior do Estado e vandalizam um templo católico, mostrando que até mesmo pregar a palavra de Deus tornou-se atividade de risco no Ceará. O crime organizado comandado de dentro dos presídios, afinal, não está inteiramente controlado
O Big Brother cearense tem que ser repensado
A vigilância tem consequências ainda mais perversas para grupos sociais e territórios historicamente criminalizados e onde só o que chega é o Estado policial, não o promotor de direitos. Vale lembrar que na capital cearense torres foram instaladas nas periferias, que policiais já podem fazer uso de reconhecimento facial contra supostos suspeitos. Tudo isso sem que haja debate público, avaliação dos resultados das políticas ou qualquer mecanismo de transparência e/ou controle social.
Precisamos de mais uma polícia no Ceará? Notas sobre a criação da Polícia Penal
A Assembleia Legislativa do Ceará aprovou a criação de uma Polícia Penal. O que essa mudança representa para a segurança pública? Quem irá controlar as ações dos policiais no interior dos presídios? Como será feita essa formação, haja vista que não se trata apenas de uma mudança da nomenclatura, mas de uma reestruturação profunda tanto da carreira quanto das competências?
Saída do cargo se deveu a assuntos familiares, afirma secretário
Em um áudio no Whatsapp ao qual o Blog Escrivaninha teve acesso, André Costa, ex-secretário da Segurança Pública e Defesa Social, explica a decisão de deixar o cargo. O motivo está relacionado a questões familiares: ele irá morar em Maceió para que possa ficar mais próximo de sua filha adolescente, que reside na capital alagoana.
A saída do anti-Capitão Wagner
Por Ricardo Moura A notícia pegou todo mundo de surpresa. Na hora do almoço, André Costa, o então secretário da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) participava de um seminário online onde expunha um balanço das ações de sua pasta. Cerca de três horas depois, o delegado da PF já não ocupava mais o comandoContinuar lendo “A saída do anti-Capitão Wagner”