O modelo de atuação das facções no Estado tem gerado um custo imenso de vidas humanas. Já não há mais tantos “seres matáveis” dispostos a dar a vida por um conflito sem fim e, por muitas vezes, visto como sem sentido algum. Manter essa condição, em um contexto de vulnerabilidade social agravado pelos efeitos da pandemia, parece ser insustentável até mesmo sob o império da violência e do medo. Este é um terreno fértil para a ascensão dos “neutros”, com todo o rastro de violência que os processos de tomada de territórios deixam.
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Mais três bairros também registram casos de perda de vacina por medo das facções; Prefeitura não se pronuncia
Jovens de pelo menos mais três bairros de Fortaleza, Serrinha, Itaperi e Damas, perderam a vacina contra a Covid-19 por causa do agendamento ter sido marcado para uma unidade de saúde situada em um território dominado por uma facção rival. O medo de que possam ser vítimas de algum tipo de violência no trajeto entre a residência e o posto de vacinação impede que o deslocamento seja feito. Conforme o Blog Escrivaninha apurou, a partir de relato dos próprios profissionais da área da Saúde, nem mesmo o Centro de Eventos representa um local seguro, haja vista o equipamento público estar instalado em uma área sob a influência dos Guardiões do Estado (GDE).
Volta às origens e truculência da PM: uma tarde em um território neutro de Fortaleza
No interior dos circuitos criminais, o Campo Estrela é mais conhecido pelo comércio de armas de fogos. A venda da droga, em si, não é a principal atividade no local. Até bem pouco tempo, o grupo estava vinculado ao Comando Vermelho. A aliança se desfez, contudo, pouco depois da Chacina do Barroso, em 25 de abril, quando cinco pessoas foram executadas com 19 tiros. Contamos como está sendo a vida em uma comunidade neutra em meio à guerra de facções. Acesse o link na bio para ler a matéria completa.
A difícil arte de ser “neutro” em meio à guerra entre facções em Fortaleza
Diante de um cenário de enfraquecimento das principais organizações criminosas, grupos e comunidades locais buscam sua autonomia. O “Campo Estrela”, no Grande Jangurussu, é um dos epicentros dessa busca por independência. Depois de tantas mortes, os traficantes locais não veem mais vantagem em permanecer vinculados ao CV e querem a neutralidade do território. Não tem sido uma tarefa fácil, contudo, manter essa posição. Os enfrentamentos vêm de todos os lados, até mesmo da polícia.
Mistério marca desaparecimento de adolescente em Maracanaú
Moradora do bairro Timbó, no município de Maracanaú, Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), Dayse Kelly Machado de Melo, de 15 anos, está desaparecida desde o dia 30 de outubro de 2020. A última informação sobre o paradeiro dela era a de que a jovem havia saído para se encontrar com um rapaz, conhecido apenas como Felipe, no município de Horizonte. Os dois teriam se conhecido por meio das redes sociais e, então, marcaram o encontro. Desde essa data a família não tem mais notícias sobre onde a jovem está.
O que significa o ataque de facções criminosas à Igreja de Cruz, no Ceará
Cerca de um ano e nove meses após a chegada de Mauro Albuquerque, integrantes de facções criminosas invadem uma igreja no interior do Estado e vandalizam um templo católico, mostrando que até mesmo pregar a palavra de Deus tornou-se atividade de risco no Ceará. O crime organizado comandado de dentro dos presídios, afinal, não está inteiramente controlado
Livro aborda as políticas públicas diante do crescimento de facções criminosas
As facções se tornaram uma expressão corrente em nosso vocabulário. Ao mesmo tempo, é possível perceber a dificuldade de se estruturar uma ação coordenada que vise a sua repressão. A advogada Natália Pinto Costa aborda essa relação em pesquisa que virou livro. Pesquisa analisa propostas de prevenção que abordassem especificamente as chacinas e micro chacinas que ocorriam com frequência, tanto dentro dos presídios como extramuros.
ARTIGO: Retórica e prática da guerra na Segurança Pública
O filósofo Jean Pierre aborda o vínculo existente entre guerra e segurança pública, bem como as possibilidades de desmilitarização da sociedade. Trata-se de um paradoxo desejar uma Segurança Pública com um aparato de militar de guerra e, principalmente, com a utilização deste aparato cada vez mais no cotidiano da população
Conselho Penitenciário do Ceará volta a funcionar após sete meses de inatividade
Desde janeiro em estado de inatividade, o Conselho Penitenciário do Estado do Ceará (Copen) ganhou fôlego novo: o advogado Cláudio Justa teve sua indicação ao Conselho homologada pelo governador Camilo Santana. Com a decisão, já publicada no Diário Oficial, as atividades do Copen estão previstas para serem retomadas no próximo dia 16.A retomada das atividadesContinuar lendo “Conselho Penitenciário do Ceará volta a funcionar após sete meses de inatividade”