O Blog apurou que o local onde a escola está sediada é dominado pela facção Guardiões do Estado (GDE), enquanto o pai da criança é membro do Comando Vermelho (CV), um grupo rival
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O espectro das facções ronda a área turística de Fortaleza
O que aconteceu neste fim de semana é um marco para a cidade: quando os grupos criminosos se sentem à vontade para atacar a Joia da Coroa, é sinal de que algo muito estranho está acontecendo
Facções dominam 11 praças no Centro de Fortaleza
“A ‘caibada’ fez com que um valentão que vive no meio da praça fosse parar no hospital; hoje ele está todo no ferro”, relata um dos milhares moradores em situação de rua situados em praças públicas do centro de Fortaleza. O termo utilizado pelo morador em situação de rua, “caibada”, designa um tipo de violência utilizada por pessoas ligadas aos grupos criminosos que atuam na cidade. O método consiste em agredir uma pessoa com caibros de madeira, quebrando os membros do corpo da vítima, como braços e pernas. Conforme o blog apurou, o centro de Fortaleza dispõe de ao menos 11 praças em que o comércio de entorpecentes é gerido pelo grupo criminoso Comando Vermelho.
“Antigamente, a praça mais perigosa pra gente que mora na rua era a Praça do Ferreira. Qualquer besteirinha levavam a pessoa lá pra trás (ruas paralelas) e ‘peia’. A facção só tem uma vantagem: Não bate em quem não deve nada. Se alguém chegar pra bater em mim sem eu dever nada a ele, levam lá pro chefe e ele se vira com ele”, comentou Gean (nome fictício).
Para entender um pouco sobre o território e a divisão das facções no centro da cidade, uma fonte, vítima de tentativa de homicídio por um grupo criminoso, explicou que a segmentação propriamente dita ocorre nas comunidades localizadas na Beira Mar, repercutindo nas praças do Centro de Fortaleza. Gean explica que o Rio Cocó, localizado entre a Praia do Caça e Pesca e a Praia da Sabiaguaba é o limite entre uma facção e outra.
Ceará é protagonista nos estudos sobre a violência, mas e a política?
Muitos estados do Nordeste apresentam uma produção técnica de fôlego, indo além do que se produz no eixo Rio-São Paulo. Dentro dessa perspectiva alguns temas se impõem a partir do Ceará, como a dinâmica regional das facções e o papel do Estado na rota internacional do tráfico internacional de drogas
Sinais de mais uma guerra de facções no Ceará
A experiência recente mostra que conflitos entre facções rivais e dissidências provocam picos de violência letal nas comunidades. É quando a situação fica “inflamada”, conforme expressão usada pelos moradores. Em circunstâncias assim, há uma espiral de crimes motivada pela vingança e contendas territoriais
A lógica capitalista do crime organizado
Os “neutros”, conhecidos também como Massa Carcerária e Tudo Neutro (TDN), representam a grande novidade no mercado das drogas do Ceará. Seus integrantes precisam de dois componentes para se expandir: território e usuários. Como viabilizar essa expansão diante de um cenário já dominado por outros dois atores? Por meio da guerra e do conflito aberto
“Tá uma Ucrânia”: guerra reconfigura mapa das facções em Fortaleza
O modelo de atuação das facções no Estado tem gerado um custo imenso de vidas humanas. Já não há mais tantos “seres matáveis” dispostos a dar a vida por um conflito sem fim e, por muitas vezes, visto como sem sentido algum. Manter essa condição, em um contexto de vulnerabilidade social agravado pelos efeitos da pandemia, parece ser insustentável até mesmo sob o império da violência e do medo. Este é um terreno fértil para a ascensão dos “neutros”, com todo o rastro de violência que os processos de tomada de territórios deixam.
Mais três bairros também registram casos de perda de vacina por medo das facções; Prefeitura não se pronuncia
Jovens de pelo menos mais três bairros de Fortaleza, Serrinha, Itaperi e Damas, perderam a vacina contra a Covid-19 por causa do agendamento ter sido marcado para uma unidade de saúde situada em um território dominado por uma facção rival. O medo de que possam ser vítimas de algum tipo de violência no trajeto entre a residência e o posto de vacinação impede que o deslocamento seja feito. Conforme o Blog Escrivaninha apurou, a partir de relato dos próprios profissionais da área da Saúde, nem mesmo o Centro de Eventos representa um local seguro, haja vista o equipamento público estar instalado em uma área sob a influência dos Guardiões do Estado (GDE).
Volta às origens e truculência da PM: uma tarde em um território neutro de Fortaleza
No interior dos circuitos criminais, o Campo Estrela é mais conhecido pelo comércio de armas de fogos. A venda da droga, em si, não é a principal atividade no local. Até bem pouco tempo, o grupo estava vinculado ao Comando Vermelho. A aliança se desfez, contudo, pouco depois da Chacina do Barroso, em 25 de abril, quando cinco pessoas foram executadas com 19 tiros. Contamos como está sendo a vida em uma comunidade neutra em meio à guerra de facções. Acesse o link na bio para ler a matéria completa.
A difícil arte de ser “neutro” em meio à guerra entre facções em Fortaleza
Diante de um cenário de enfraquecimento das principais organizações criminosas, grupos e comunidades locais buscam sua autonomia. O “Campo Estrela”, no Grande Jangurussu, é um dos epicentros dessa busca por independência. Depois de tantas mortes, os traficantes locais não veem mais vantagem em permanecer vinculados ao CV e querem a neutralidade do território. Não tem sido uma tarefa fácil, contudo, manter essa posição. Os enfrentamentos vêm de todos os lados, até mesmo da polícia.
