Decisão do STF: lógica do policiamento precisa mudar

Não faz sentido os policiais que estão na rua terem o trabalho extra de analisar se a quantidade de maconha encontrada com usuários equivale a 40 gramas e muito menos andar com balanças de precisão nas viaturas Por Ricardo Moura A Guerra às Drogas foi um conjunto de políticas implementadas pelos Estados Unidos, nas décadasContinuarContinuar lendo “Decisão do STF: lógica do policiamento precisa mudar”

As vítimas da guerra sem limites: uma leitura espinosiana

Por Jean Pierre Quando a guerra se torna sem limites, não há mais vítimas na guerra. Ninguém é mais inocente. A inocência se perde na violência de uma guerra sem limites. O ódio transforma as vítimas de uma guerra em assassinas de outra. Uma guerra sem limites é uma guerra na qual o ódio nãoContinuarContinuar lendo “As vítimas da guerra sem limites: uma leitura espinosiana”

O impacto dos desastres ambientais na segurança pública

Não só a infraestrutura urbana é afetada, mas os próprios mecanismos de controle social que regulam a sociedade. A desordem é a tônica em tais situações, favorecendo o surgimento de comportamentos criminosos e incivilizados Por Ricardo Moura A tragédia das enchentes no Rio Grande do Sul une dois desafios de nossos tempos: lidar com aContinuarContinuar lendo “O impacto dos desastres ambientais na segurança pública”

Por um pacto estratégico em nome da segurança pública

Francisco Aurélio Rodrigues de Lima matou e decapitou o zelador Francisco Mizael Sousa da Silva, 29, no Instituto Doutor José Frota (IJF), no Centro de Fortaleza. O crime ocorreu no refeitório do hospital. A motivação do crime se deve ao fato de Aurélio exigir que a namorada abandonasse o emprego por não aceitar que ela tivesse colegas de trabalho do sexo masculino.

No bairro Passaré, um adolescente de 16 anos foi assassinado nas proximidades da escola municipal Delma Hermínia. Conforme o relato de testemunhas, ele teria deixado a irmã no local quando foi identificado e perseguido. A vítima vinha sendo ameaçada de morte por membros de uma facção do bairro.

As motivações dos dois crimes divergem frontalmente. Em comum, o estado de vulnerabilidade dos espaços públicos em um cenário de recrudescimento da violência letal. Em ano eleitoral, falta quem assuma a responsabilidade e sobram terceirizações. O bate-boca que seguiu, entre Governo do Estado e Prefeitura, após a divulgação dos homicídios, não é o que esperamos de nossas lideranças políticas.
Cada ente público possui suas obrigações. Estados e municípios não fogem a essa regra, possuindo papel de protagonismo no que tange à segurança pública.

Caminhada denuncia intolerância religiosa contra a umbanda

Caso mais recente de violência ocorreu no último domingo, dia 12, contra Babalú, uma mãe de santo trans, assassinada a tiros Por Luiza Vieira Em comemoração aos 115 anos da Umbanda no Brasil, membros do Instituto Carta Magna de Umbanda do Estado do Ceará promoveram nesta quarta-feira, 15, um ato em alusão à data festiva.ContinuarContinuar lendo “Caminhada denuncia intolerância religiosa contra a umbanda”

Voto de Zanin é coerente com política de “guerra às drogas” no Brasil

Os governos que se denominam como progressistas enfrentam essa dificuldade no cotidiano: da distância entre o discurso feito para animar a militância e o pragmatismo em manter a política de “guerra às drogas” em vigor.

A lógica capitalista do crime organizado

Os “neutros”, conhecidos também como Massa Carcerária e Tudo Neutro (TDN), representam a grande novidade no mercado das drogas do Ceará. Seus integrantes precisam de dois componentes para se expandir: território e usuários. Como viabilizar essa expansão diante de um cenário já dominado por outros dois atores? Por meio da guerra e do conflito aberto

Sete policiais penais cometeram suicídio desde 2019 no Ceará

Neste domingo, mais uma vida de um policial penal foi perdida. A vítima foi Gilclebe Rodrigues Da Silva, de 40 anos, que integrava a Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) desde 2015. O policial estava lotado na Unidade Prisional Irmã Imelda Lima Pontes, no município de Aquiraz, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF). A informação chegou no começo da noite, por meio de aplicativos móveis:  “Outro colega se matou. Loucura”, comentou um agente. Da Silva, como era conhecido entre os colegas, é o sétimo policial penal a tirar a própria vida desde 2019.

Os custos humanos da pacificação dos presídios no Ceará

Policiais penais denunciam que as mudanças na gestão penitenciária geraram acúmulo de atividades e condições insalubres de trabalho, que têm resultado em adoecimentos. A categoria se sente sobrecarregada com o acúmulo de funções. “Conseguimos organizar o sistema penal. Os presos se mantêm dentro de uma disciplina rígida, mas os servidores também entraram nessa mesma disciplina. Por causa disso, estamos no limite. Nossa atividade parece que não tem fim”, desabafa um dos servidores. No último sábado, dia 6, um policial matou um colega e se matou em seguida. Neste sábado, um profissional de apenas 24 anos cometeu suicídio com um tiro na cabeça.

Projeto da Defensoria acolhe vítimas da letalidade policial

Os serviços prestados pela Rede Acolhe vão além da esfera jurídica, contemplando ações de caráter psicossocial. Para tanto, a rede dispõe de uma equipe multidisciplinar formada por profissionais da assistência social, do direito e da psicologia. A defensora Gina Moura afirma ainda que o direito à memória das pessoas atendidas pela Rede Acolhe é um pressuposto do trabalho que fazem. Uma das principais dificuldades das pessoas violentadas pela polícia, por exemplo, é ser reconhecida socialmente como vítima: “É importante que os papéis não sejam invertidos e que as vítimas não sejam criminalizadas. Quando ocorrem esses episódios de intervenção policial, é comum saturar e explorar de forma indevida os antecedentes de quem sofre a violência”.