Facções dominam 11 praças no Centro de Fortaleza

“A ‘caibada’ fez com que um valentão que vive no meio da praça fosse parar no hospital; hoje ele está todo no ferro”, relata um dos milhares moradores em situação de rua situados em praças públicas do centro de Fortaleza. O termo utilizado pelo morador em situação de rua, “caibada”, designa um tipo de violência utilizada por pessoas ligadas aos grupos criminosos que atuam na cidade. O método consiste em agredir uma pessoa com caibros de madeira, quebrando os membros do corpo da vítima, como braços e pernas. Conforme o blog apurou, o centro de Fortaleza dispõe de ao menos 11 praças em que o comércio de entorpecentes é gerido pelo grupo criminoso Comando Vermelho.

“Antigamente, a praça mais perigosa pra gente que mora na rua era a Praça do Ferreira. Qualquer besteirinha levavam a pessoa lá pra trás (ruas paralelas) e ‘peia’. A facção só tem uma vantagem: Não bate em quem não deve nada. Se alguém chegar pra bater em mim sem eu dever nada a ele, levam lá pro chefe e ele se vira com ele”, comentou Gean (nome fictício). 

Para entender um pouco sobre o território e a divisão das facções no centro da cidade, uma fonte, vítima de tentativa de homicídio por um grupo criminoso, explicou que a segmentação propriamente dita ocorre nas comunidades localizadas na Beira Mar, repercutindo nas praças do Centro de Fortaleza. Gean explica que o Rio Cocó, localizado entre a Praia do Caça e Pesca e a Praia da Sabiaguaba é o limite entre uma facção e outra.

Gestante em situação de rua morre atropelada no Centro

Motorista fugiu sem prestar socorros, no entanto, mas minutos depois retornou ao local para averiguar se a vítima havia falecido e foi preso pela polícia. SSPDS confirmou o relato de testemunhas de que ele estava sob efeito de álcool

Site “Direito à Segurança” dispõe de canal para sugestões e denúncias 

Visando criar um canal de colaboração da sociedade civil e diálogo com as autoridades, o deputado estadual Renato Roseno (Psol) implantou o site “Direito à Segurança”, que dispõe de ferramentas que permitem ao usuário encaminhar sugestões, denúncias e críticas em relação à Segurança Pública do Estado do Ceará. 

De acordo com Roseno, o tema tem sido instrumentalizado por parlamentares, que “se utilizam do medo real das pessoas, com falsas soluções, baseadas em recrudescimento da violência estatal e ou supressão de direitos de cidadania”.

Seminário do LEV aborda dimensões variadas da violência urbana

O laboratório de pesquisa, conforme explica César, comemora este ano 30 anos desde a sua fundação. Ao longo deste período, temas relacionados à violência urbana ganharam destaque dos pesquisadores da entidade. 

Ceará registra 26 ocorrências de incêndio por dia em 2024

Mais de mil ocorrências sobre incêndios foram registradas nos dois primeiros meses de 2024. Levantamento disponibilizado pela Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) revela que 1.582 casos de incêndio foram atendidos pelo Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Ceará (CBMCE) nos dois primeiros meses deste ano. Os dados, coletados entre os dias 1° de janeiro e 29 de fevereiro, apontam que, em média, 26 ocorrências de incêndio foram registradas por dia em 2024. 

Para que os casos sejam classificados como ocorrências, basta que haja um registro via telefonema. Mesmo que o incêndio tenha sido contido, é necessário que a equipe do corpo de bombeiros faça uma averiguação no local para identificar a existência de risco. 

De acordo com o especialista em combate a incêndio urbano do CBMCE, Capitão Felipe Aguiar, cerca de 50% das ocorrências do Estado são registradas em Fortaleza. Segundo o oficial explica, a corporação atende diversos tipos de ocorrência, contudo, as mais frequentes são os incêndios residenciais.

Sindicato teme motins e rebeliões com fim da “saidinha temporária”

O diretor do Sindppen também explica que o fim das saidinhas é visto pelos policiais penais como “mais um ingrediente para explodir” a panela de pressão que, na analogia feita pela categoria, é a representação do sistema prisional

A encruzilhada de Elmano na segurança pública

Há uma insatisfação difusa com o atual governo pelos motivos mais diversos: da falta de menção nas redes sociais do governador aos assassinatos de policiais até a demora em receber benefícios já previstos em lei

Luto e indignação marcam rotina de escola indígena após morte de diretor 

A rotina dos alunos e professores que compõem o corpo escolar da Escola Índios Tapeba, localizada no bairro Capuan, em Caucaia, Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), sofreu grande impacto desde o último dia 4, quando o diretor daquela unidade de ensino, Geraldo Barbosa da Silva Filho Tapeba, foi assassinado em frente à instituição. O educador deixa uma esposa e duas filhas. 

Em entrevista ao Blog, nesta quinta-feira, 14, o professor Coordenador de Ensino (PCE) da escola, Tiago Tapeba, relatou que assumiu, temporariamente, o posto que até então era ocupado por Geraldo. “Eu estava em sala de aula, sou professor da área de humanas. Este ano, a convite do diretor-geral e de algumas lideranças, eu aceitei assumir o cargo de PCE da escola”, seguiu. “A perda do diretor, que é algo bem precoce, bem prematuro, foi um impacto muito grande”.

Nova motivação sobre duplo homicídio em Assaré é revelada

Uma gestante, Estefani Maria de Jesus, e seu cunhado, Francisco Ozório Oliveira, foram assassinados a tiros pelo ex-companheiro dela, Antônio de Sousa Valença, conhecido na localidade como Itamar da Cerâmica