Rua do bairro Conjunto Esperança, em Fortaleza, que recebeu o nome da vereadora carioca Marielle Franco, assassinada em março de 2018, é alvo de vandalismo. A maioria das placas indicando a denominação da vida foram arrancadas. Para historiadores e moradores do bairro, a ação vai além do vandalismo comum, sendo resultado da intolerância política vivida nos tempos atuais. Os entrevistados criticam ainda a falta de maior participação da comunidade na tomada de decisão sobre mudanças no local em que moram.
Arquivos mensais:fevereiro 2022
Maus-tratos e canibalismo: cachorros são soltos após um mês de abandono
Proprietários de um imóvel no bairro Barrocão, em Itaitinga, abandonaram um grupo de cachorros há cerca de um mês sem alimentos e os cuidados devidos. Um vizinho notou que havia algo errado e decidiu filmar os animais como forma de denúncia e pedido de socorro. Para sobreviverem, os animais estavam se alimentando de um cão já morto. O crime de maus-tratos e abandono prevê pena de prisão.
Jornalista é morto no Pirambu após noticiar prisão de membros da facção
Givanildo Oliveira, proprietário do site Pirambu News, foi assassinado na noite de ontem, na rua Nossa Senhora das Graças, no bairro Pirambu. As primeiras informações sobre o caso dão conta de que ele teria sido morto após publicar uma matéria em que descreve a prisão de Franscisco Airton Vieira Araújo, de 24 anos, acusado por duplo homicídio. O crime teria sido uma forma de retaliação contra o jornalista. O site Pirambu News retratava a realidade do bairro, informando sobre o dia a dia da comunidade e publicando notícias relacionadas à segurança pública. De acordo com o perfil do portal no Instagram, tratava-se de “um projeto 100% voltado para estudantes de jornalismo e jornalistas formados das periferias”. As matérias relativas à criminalidade local traziam indicação de números de telefone dos órgãos de segurança para que a população pudesse denunciar a ação de criminosos, como o 181, o (85) 3101.0181, do Whatsapp, e o (85) 3257.4807, da Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), também.
Em Fortaleza, Sergio Moro cobra o crédito ao seu Ministério por queda dos homicídios no Ceará em 2019
Embora tenha permanecido pouco tempo à frente do Ministério da Segurança Pública, Sergio Moro teve de lidar com dois momentos-chave da história recente do Ceará. O primeiro deles foram os ataques das facções ocorridos em janeiro de 2019. “O problema dos atentados foi muito grave. A gente não hesitou nem por um minuto. Formamos, desde o início, um gabinete de crise no Ministério para fazer o planejamento necessário para atender o Estado antes ainda que o presidente nos desse o sinal verde para tomar essa decisão. Mandamos Força Nacional, criamos uma força de intervenção penitenciária e transferimos as lideranças criminosas do Ceará para presídios federais”, enumera. O presidenciável atribuiu ainda a queda dos homicídios no Ceará naquele ano à sua atuação à frente do Ministério da Segurança Pública, em especial no processo de reordenamento do sistema penitenciário, foco da insatisfação dos grupos criminosos à frente dos ataques: “Negar a atuação do Ministério da Segurança Pública na queda dos homicídios em 2019 é um argumento falacioso”, disse.
Moïse, Mateus e Durval: a licença para matar pretos e pobres no Brasil
Desde a nossa colonização, somos uma nação constituída por uma elite predatória e racista que se mantém em guerra permanente contra sua própria população. Por mais que o país tenha passado por um processo de modernização, essa condição teima em permanecer sob as configurações mais diversas. O que se quer, na verdade, é a concessão do direito ilimitado de eliminar a vida alheia. Mas não é qualquer vida, por óbvio. O presente artigo amplia o debate sobre os recentes casos ocorridos no Rio de Janeiro e no Ceará.