Campanha eleitoral gera guerra de palavras na segurança pública no Ceará

Na disputa pela tomada do Palácio da Abolição, a guerra de palavras começou tendo como principal alvo a segurança pública, um tema que se tornou uma pedra no sapato dos governantes desde o início do século. Vale lembrar que Cid Gomes se elegeu sob a promessa do Ronda do Quarteirão, bem como o Comando de Policiamento de Rondas e Ações Intensivas e Ostensivas (CPRaio) teve papel de protagonista na passagem da gestão do pedetista para a de Camilo Santana. Troca de acusações sobre a área acirra ainda mais o clima político há pouco mais de seis meses da campanha para Governo do Estado. A névoa de desinformação formada pela disputa de egos e pela luta por espaço na mídia entre políticos pouco dizem respeito aos anseios da população em seu cotidiano. Pelo contrário. No meio desse tiroteio verbal, questões relevantes se tornam secundárias e até mesmo esquecidas.

Em Fortaleza, Sergio Moro cobra o crédito ao seu Ministério por queda dos homicídios no Ceará em 2019

Embora tenha permanecido pouco tempo à frente do Ministério da Segurança Pública, Sergio Moro teve de lidar com dois momentos-chave da história recente do Ceará. O primeiro deles foram os ataques das facções ocorridos em janeiro de 2019. “O problema dos atentados foi muito grave. A gente não hesitou nem por um minuto. Formamos, desde o início, um gabinete de crise no Ministério para fazer o planejamento necessário para atender o Estado antes ainda que o presidente nos desse o sinal verde para tomar essa decisão. Mandamos Força Nacional, criamos uma força de intervenção penitenciária e transferimos as lideranças criminosas do Ceará para presídios federais”, enumera. O presidenciável atribuiu ainda a queda dos homicídios no Ceará naquele ano à sua atuação à frente do Ministério da Segurança Pública, em especial no processo de reordenamento do sistema penitenciário, foco da insatisfação dos grupos criminosos à frente dos ataques: “Negar a atuação do Ministério da Segurança Pública na queda dos homicídios em 2019 é um argumento falacioso”, disse.

Definidos os nomes do presidente e do relator da CPI das Associações Militares

Após o anúncio de sua criação, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Associações Militares definiu os nomes do presidente, vice-presidente e relator. São eles, respectivamente: os deputados Salmito Filho (PDT), Queiroz Filho (PDT) e Elmano de Freitas (PT). A CPI irá investigar o suposto financiamento de associações ligadas à Polícia Militar e ao Corpo de Bombeiros aos policiais amotinados no Ceará, em fevereiro do ano passado. As sessões ocorrem a partir da próxima terça-feira, dia 31, às 9h30. A composição da Comissão Parlamentar de Inquérito já havia sido anunciada. Os membros titulares são: Soldado Noelio (PROS), Davi de Raimundão (MDB), Romeu Aldigueri (PDT) Salmito Filho (PDT), Queiroz Filho (PDT), Augusta Brito (PCdoB), Nizo Costa (PSB), Elmano de Freitas (PT) e Marcos Sobreira (PDT).