Armas de fogo em mãos de CACs no Ceará e Piauí aumentam 187% em cinco anos

O registro dos armamentos é feito pela 10ª Região Militar, que abrange o Ceará e o Piauí. Por essa razão, não é possível obter o resultado individualizado. Em 2018, haviam 12.126 armas de fogos em poder dos CACs nesses dois estados. Em 2022, esse número saltou para 34.647. O esforço governamental, durante todo esse tempo, deu-se precisamente em desmontar o Estatuto do Desarmamento da forma como pode, atendendo a uma reivindicação da indústria de armamentos. Em nível nacional, os CACs passaram a ter 42,5% do total de armas particulares no país. Em 2018, esse percentual era de 27%.

Em Fortaleza, Sergio Moro cobra o crédito ao seu Ministério por queda dos homicídios no Ceará em 2019

Embora tenha permanecido pouco tempo à frente do Ministério da Segurança Pública, Sergio Moro teve de lidar com dois momentos-chave da história recente do Ceará. O primeiro deles foram os ataques das facções ocorridos em janeiro de 2019. “O problema dos atentados foi muito grave. A gente não hesitou nem por um minuto. Formamos, desde o início, um gabinete de crise no Ministério para fazer o planejamento necessário para atender o Estado antes ainda que o presidente nos desse o sinal verde para tomar essa decisão. Mandamos Força Nacional, criamos uma força de intervenção penitenciária e transferimos as lideranças criminosas do Ceará para presídios federais”, enumera. O presidenciável atribuiu ainda a queda dos homicídios no Ceará naquele ano à sua atuação à frente do Ministério da Segurança Pública, em especial no processo de reordenamento do sistema penitenciário, foco da insatisfação dos grupos criminosos à frente dos ataques: “Negar a atuação do Ministério da Segurança Pública na queda dos homicídios em 2019 é um argumento falacioso”, disse.