Os planos de governo oferecem pistas preciosas sobre como pensam os candidatos em temas estratégicos. No texto que segue, uma breve análise das propostas apresentadas por Elmano Freitas (PT), Roberto Cláudio (PDT) e Capitão Wagner (UB) para a área da segurança pública, pauta que mobiliza vem mobilizando a opinião pública nos últimos anos. Inteligência é a palavra de ordem em comum aos três principais candidatos ao Governo do Estado. A apreensão recorde ocorrida no fim de semana de uma 1,2 tonelada de cocaína escondida sob uma camada de gelo é uma boa mostra do quanto essa ferramenta é imprescindível para a desarticulação do crime organizado no Ceará. Trata-se de uma boa notícia ver que o tema ganhou relevância na agenda dos candidatos.
Arquivos mensais:agosto 2022
Celebração marca os 50 anos da Pastoral Carcerária no Brasil
Vinculada à Igreja Católica, a Pastoral Carcerária busca promover evangelização dentro das prisões e denunciar violações aos direitos da pessoa privada de liberdade. No próximo dia 28 de agosto, a pastoral completa 50 anos de existência no Brasil. A celebração em homenagem, contudo, ocorrerá hoje, dia 20, na Capela da Faculdade Católica de Fortaleza, no Centro. A missa será presidida pelo arcebispo de Fortaleza, dom José Antônio Tosi Marques. Em Fortaleza, a Pastora Carcerária foi criada há 27 anos. Há 15 anos como integrante do movimento, Regina Pereira afirma: “Nossa presença é muito importante por ser muito assídua nos cárceres. Com as visitas, criamos vínculos e colocamos a nossa escuta à disposição deles e delas”. Além de visitar os encarcerados, a voluntária explica que a pastoral promove oficinas e ciclos de paz para os internos. A Pastoral Carcerária de Fortaleza também dispõe de um núcleo jurídico para orientar familiares das pessoas privadas de liberdade. Todos os serviços são gratuitos.
Do golpe à solução final, de Maquiavel a Walter Benjamin
A violência é uma solução para problemas, sejam eles pessoais, motivados por traumas passados, sejam eles sociais, econômicos e políticos, motivados pelo poder. É uma reação a algo que acontece com alguém. Um ato movido pelo desejo sem intermediários, um desejo de violência, um desejo que produz violência e se produz violentando. Pode-se “pensar” a violência, antecipá-la, premeditá-la, ensiná-la num curso preparatório mostrando, por exemplo, como não matar, mas também como se matar alguém numa viatura transformada em “câmara de gás”, como aprendem policiais, mas o ato de violência é reativo, uma reação ao momento, mesmo que se se prepare para ele longamente, à espera de um momento para pôr em prática a violência que aprendeu na teoria, quando a violência se torna um golpe ou a solução final. Assim os militares, do Exército e da polícia, esperam ansiosamente pôr em prática a violência aprendida na escola e resolverem os problemas, os seus e os sociais, econômicos e políticos por meio de um golpe, pondo uma solução final aos problemas. É através da guerra entre Estados e nações, ou nas ruas das cidades, que se anseia o golpe e solução para todos os problemas, uma guerra automática, movida por violências passadas, como pressupus no texto anterior.