Por falar em estátuas, cadê a do Leonel Brizola no Centro de Fortaleza?

O historiador e cineasta Luís Carlos Saldanha, do Blog Centreiro, faz um registro bastante relevante em meio à discussão sobre a derrubada ou não de estátuas de personagens históricos: Cadê a imagem de Leonel Brizola na travessa Crato, no Centro, quase em frente à Catedral Metropolitana de Fortaleza? Eis o relato dele, apontando o sumiço da obra daquele local:

“Centro – lugar de lembranças, esquecimentos e de efemeridades. Daquilo que dura pouco tempo. Cadê tu, Brizola? Entre a inauguração, a reinauguração e o sumiço foram pouco mais que dois anos! A estátua do político gaúcho Leonel de Moura Brizola (1922 – 2004) foi inaugurada em 22 de junho de 2016. O político foi fundador do PDT, atual partido do prefeito José Sarto Nogueira e dos Ferreiras Gomes.

O editor do Blog Escrivaninha posa ao lado da estátua de Brizola, no Centro, em julho de 2017

Na inauguração, ficou estabelecido que a Travessa do Crato – onde está localizado o monumento e o famoso Raimundo dos Queijos – foi revitalizada e passará a ser chamada de Praça Leonel Brizola. Ato que não agradou muito os frequentadores do local.

A Travessa do Crato na tarde desta sexta, dia 30, às 15h30, sem a estátua

No ano seguinte, a estátua teve um dos braços arrancados pelo vandalismo. Foi retirada do local, restaurada e reinaugurada em 17 de junho de 2018. No mesmo ano, o monumento recebeu protestos de grupos políticos contrários aos Ferreira Gomes. No começo de 2019, notei que nem a estátua e nem seu pedestal se encontravam mais no lugar. Segundo um vendedor do local, ela foi retirada por completo depois que seus braços foram arrancados. Nenhuma notícia foi encontrada sobre uma possível volta (de novo!).

Pobre Leonel, homenageado sem ser integrado ao espaço, vandalizado porque não foi protegido pelo poder público, achincalhado por motivos político-partidário, desaparecido por tempo indeterminado. Uma prova de que os espaços possuem suas próprias histórias e vivências, e que o ato de incorporar qualquer coisa num espaço que não respeite essas histórias e vivências de quem ali habita estará fadado ao esquecimento”.

“Cadê a estátua?”

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